sábado, 30 de julho de 2011

Sexo.


Engula-me, engula-me!
Afoga-me em saliva;
Depois de morta, degluta-me.
-Envolva-me,
E devolva-me a mim.
Tal qual quem nunca quis
Que não quis nem permissão
De quem não queria, mas queria...
Escuta-me.
Diga-me se ouve o mesmo que eu
Ouçamos no mesmo tom,
Ousamos na mesma Língua.
São duas bocas num ouvido só:
-Engula-me.

3 comentários:

Cynthia Osório disse...

Línguas, bocas, salivas, ouvidos carnes e líquidos!!hummm

Valdemar Neto Terceiro disse...

Intenso, intenso... Bocage? Lindo e intenso [desculpe a falta de vocábulos agora, mas teu poema me deixou sem...]

John Robert disse...

Ual! Perdi o fôlego agora! Um orgasmo em terceira pessoa!