sábado, 30 de julho de 2011

Licença Poética


Eu gosto de tu,
Assim desse jeito,
Matando Gramática;
Acho feio coisa entre mim e ti.
Pra mim é eu e tu, e tu mais eu
E não há Mestre que me conserte!

É nós em um
Num singular todo torto,
Erro doido sem fim.
-É pra eu, ou pra mim?

Mim não faz, só recebe
Mim não teme, mas deve
De tu pra mim,
E de eu pra tu.

Mim tem nem ética!
Só por causa que te gosto,
Perdi minha licença poética.
(Então, gostar-te-ei de jeito mudo!)

-Rum.

5 comentários:

Luiz disse...

VERBORRÁGICO!

Estejamos adjuntos nesse jeito português de amar.

Poesia cheia de erros, correta na verdade.

Lindo.

Cynthia Osório disse...

Qualquer palavra sobre essa licença poética há de ser insuficiente, mas com a licença pó-ética da palavra: Desconsertante!

viníciusbarros disse...

Mim gosta.

Camis disse...

Ai que saudade de ler isso.
Até errando a Dona Moça escreve lindo. hahaha.

Estou de volta!

italo disse...

Muito bonito, como disse no tempo pretérito do imperfeito de 2006, vc faz poesia, simplesmente.